quinta-feira, 19 de setembro de 2013

CONJUNTO ARQUITETÔNICO DE OURO PRETO


PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE

A cidade abriga o maior conjunto arquitetônico do barroco brasileiro, preservando jóias como as igrejas de São Francisco de Assis, considerada o ícone do estilo no país e obra-prima de Aleijadinho; e de Nossa Senhora do Pilar, ornamentada com mais de 400 quilos de ouro. Em meio às ladeiras de paralelepípedo que recortam toda a antiga Vila Rica, estão ainda chafarizes, capelas, museus e um belo casario colonial que guardam e contam histórias dos séculos 17 e 18, épocas da pujança das minas e da Inconfidência Mineira.

MINA DO CHICO REI

A mina foi uma das maiores do estado e pertenceu à Chico Rei, figura mítica que veio aprisionado da África, juntamente com sua tribo. Reza a lenda que Chico trabalhou duro para comprar a sua liberdade, a de seus súditos e a própria mina, tornando-se uma das pessoas mais respeitadas na antiga Vila Rica. O local, que tem 1.500 metros de extensão, foi desativado em 1888 e a visita guiada percorre somente em alguns túneis.
                                              Capela - Bota Fogo
                                        Barras da Casa de Fundição - Brasil Reino Unido
                                              Maquete - Casa dos Contos

A HISTÓRIA DE OURO PRETO

 Ouro Preto nasceu sob o nome de Vila Rica, como resultado da épica aventura da colonização do interior brasileiro, que ocorreu no final do século XVII. Em 1698, saindo de Taubaté, São Paulo, a bandeira chefiada por Antônio Dias descortina o Itacolomi do alto da Serra do Ouro Preto, onde implanta a capela de São João. Ali, tem início o povoamento intenso do Vale do Tripui que, trinta anos depois, já possuía perto de 40 mil pessoas em mineração desordenada e sob a louca corrida pelo ouro de aluvião.
Em 1711, dá-se o conflito emboaba, luta pela conquista de terras entre paulistas, portugueses e baianos. O Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida, luta para implantar em Vila Rica a cobrança do quinto, devido à Coroa e assumir o comando do território, fazendo de Felipe dos Santos sua primeira vítima, em 1720.
Vila Rica cresce e exaure-se o ouro, mas cria uma civilização ímpar, com esplendor nas artes, nas letras e na política.
A Inconfidência Mineira é o apogeu do pensamento político e faz mártires entre padres, militares, poetas e servidores públicos, liderados por Tiradentes.
Com a Independência, recebe o nome de Ouro Preto e torna-se a capital de Minas até 1897. É instituída Patrimônio da Memória Nacional a partir de 1933 e tombada pelo IPHAN em 1938. Em 1980 é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, pela UNESCO.
O surgimento e apogeu da arte colonial em Minas Gerais - barroco mineiro - é um fenômeno inteiramente ligado à exploração do ouro, acontecido no século XVIII, que veio criar uma cultura dotada de características peculiares e uma singular visão do mundo.
A medida que se expandia a atividade mineradora, o barroco explodia na riqueza de suas formas, na pompa e no fausto de suas solenidades religiosas e festas públicas, vindo marcar, de maneira definitiva, a sociedade que se constituiu na região.
Ouro Preto - hoje Patrimônio Histórico Mundial -  representa inquestionavelmente a síntese da arte colonial mineira, não apenas pela expressão de sua história mas pelas excepcionalidade do acervo cultural que preservou.

O BARROCO MINEIRO

Ouro Preto foi o grande palco para construções barrocas e que são conhecidas no mundo inteiro por sua beleza arquitetônica.

Um exemplo dessa beleza barroca é a Igreja que podemos observar na imagem acima ,a de São Francisco de Assis,construída por Antônio Francisco Lisboa o famoso Aleijadinho .
O Barroco Mineiro surgiu por volta de XVIII tendo como influencia algumas construções de Portugal, o barroco era um tipo de expressão artística que se enriqueceu através da mineração e da religiosidade das pessoas.
Por ter tido influencia europeia o barroco mineiro tem suas próprias características como: a pedra sabão que era um dos principais matérias de construções naquela época, paredes em formas quadriculares e .de cores claras, altares, geralmente em madeira, expõe ricos ornamentos espirais ou florais e é todo entalhado com figuras de anjos e imagens revestidas de uma fina película de ouro. Santos em relevo se espalham pelas capelas da nave central, e o teto, representando geralmente um céu em perspectiva, que aumenta a sensação de profundidade no ambiente! Todas essas características são resultados de construções lindas.